quinta-feira, julho 28, 2005

diário (resumos...meus...)-12-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)



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Devemos olhar as cores das bolinhas, e repousar no desenho que elas formam quando estão próximo. Podemos também tentar criar esculturas com bolas de sabão. Para isso será necessário separá-las sobre uma superfície molhada, e se experimentarmos soprar uma bola dentro da outra. É tão giro! Ainda podemos colocar uma ou duas gotas de vinagre, dizem que as bolas demoram mais tempo a estourar.

continua :))

quarta-feira, julho 27, 2005

diário (resumos...meus...)-11-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)


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Esta é uma brincadeira que pode ser feita a qualquer hora, e que não precisa de material muito complicado. Só se precisa de um copo de plástico, água e detergente líquido. Na falta de detergente pode-se perfeitamente usar sabão em pó. Para fazer bolinhas, hoje em dia existem vários apetrechos, mas na falta destes, pode-se utilizar um simples canudinho de refresco, mergulha-se a ponta do canudo na água de sabão e sopra-se, pode-se experimentar a velocidade com que se sopra, fazendo assim, bolinhas de diversos tamanhos.

continua :))

sexta-feira, julho 22, 2005

diário (resumos...meus...)-10-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)


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O cisne olha-o de soslaio e sorridente exclama: - Mas quem és tu e como te chamas? E porque queres voar? Eu sou o QUIM e quero voar para poder juntar-me à minha amada gaivotinha a Piko e podermos viver felizes o nosso amor...muito lindo...muito lindo...então queres ser o QUIM GAIVOTA? Diz-lhe o belo cisne. Pois bem, para isso vais ter que me contar como é que essa gaivotinha entrou no teu mundo...?!

QUIM, então começou a sua narração:

Um dia estava eu a brincar na minha sala de brincadeiras cor de pampilho e fui para a janela fazer bolinhas de sabão e passo a explicar:

continua :)

terça-feira, julho 19, 2005

diário (resumos...meus...)-9-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)




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Assim, observava curioso as suas belas plumas!...e pensa que só poderá ser a fada que procura (elas às vezes estão transformadas em cisnes!...).
E, repara que ele está a alimentar as lágrimas, não tendo coragem de o interromper, deixando por isso as lágrimas saborear o seu belo petisco...

QUIM um pouco envergonhado (QUIM é um menino tímido) diz: mestre da magia, meu cisne encantado por favor utiliza as insígnias do teu poder, o teu anel, a tua varinha e ajuda-me a voar...só preciso de ter asas!

continua :))

segunda-feira, julho 18, 2005

diário (resumos...meus...)-8-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)




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...Estava tão absorto nestes pensamentos que de repente se deu conta que estava perante uma rocha onde um vulto muito bonito estava sentadinho e de patas esticadas sobre a água de um lago que reflectia a lua.

Era um belo cisne!

(que o QUIM sabia ser uma ave imaculada, cuja brancura, e cuja graça fazem uma viva epifania de luz, e que a sua beleza deslumbrante e imaculada, é a virgem celeste que será fecundada pela água ou pela terra o lago ou o caçador para dar origem ao género humano e que simboliza a força do poeta e da
poesia ...também tinha lido isso nos seus livrinhos na sua biblioteca de muitas figurinhas :)).

continua :))

sábado, julho 16, 2005

diário (resumos...meus...)-7-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)






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QUIM não se esquecia que tinha que ter sempre na sua mente que a partir do momento que entrasse no seu reino a última coisa que poderia fazer era sair correndo, face ao velho ditado relativo às fadas "...se tu não correres não serás perseguido!..." e ainda que era bom ganhar a sua confiança já que são criaturas extremamente sensíveis e facilmente se magoam e por essa razão devem ser chamadas em termos carinhosos, sem elevação de voz, nunca olhar para as plantas dos seus pés e nunca lhes arremessar coisas em sua direcção.

terça-feira, julho 12, 2005

diário (resumos...meus...)-6-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)






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Teria que aprender, mas como? Tinha que se aproximar e suplicar-lhe que fizesse um esforço e que o ensinasse!

Iria começar pelos telhados mais baixinhos, pelos montes pequeninos e os postes de electricidade, pela varanda da Piko e transformar os braços em asas muito potentes e...e...arranjar fada madrinha que o transformasse em QUIM gaivota e então voar...voar até ao infinito com a sua amada.

Já imaginava a sua primeira aventura, iriam até ao SOL.

O QUIM também sabia que o Sol é irmão do arco-íris, a fonte da luz do calor e da vida e que os seus raios são influências celestes recebidas pela Terra.

Poderiam brincar ao escorrega num dos seus raios, talvez o 11º. O Sol tem 75 raios, a brincadeira poderia durar muitas horas...Tinha que procurar uma fada. Iria à montanha, floresta mágica, perto das fendas e torrentes, cascatas, perto de alguma gruta, de um abismo ou de um rio, nascente ou fonte, teria de a encontrar e suplicar-lhe que o ajudasse a voar e para isso seriam precisas as asas...

continua :))

segunda-feira, julho 11, 2005

diário (resumos...meus...)-5-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)




QUIM saiu de casa rumo ao local das gaivotinhas que já despertas pareciam pressentir seus pensamentos e o esperavam encantadas.

Olá minhas queridas! Vamos brincar à poesia?
Vamos brincar aos poetas?

A resposta não demorou e em altos grasnidos de entusiasmo saltaram, saltaram de tanto contentamento.

Para espanto de todos, apareceu na primeira fila a Piko (tão branca e delicada que parecia uma flor) e em cima de uma grande rocha e em bicos de patas disse:

Hoje
o sol espreitou
com sabor a música

bocejou...

largou sonhos azuis
de musgo
agarrados a montanhas
no infinito
de esperanças

e

raios quentes
aqueceram o meu principiar
de um dia
de imaginação
em esperanças
de gotas de orvalho
só a brilhar...

Dito isto, o espanto era geral, e todas as gaivotinhas bateram as asas em aplauso e QUIM um pouco rosado, olhava a Piko como se fosse um Romeu apaixonado pela sua Julieta.

Em pensamento e só em pensamento, achava que este poema era para si e que se tratava de uma verdadeira declaração de amor!

De facto e a verdade é que foi tocado por uma sensação inexplicável que não sabia entender, mas que pelo que já tinha estudado nos livros de histórias que todos os dias lia, poderia tratar-se de amor à primeira vista!

Meu Deus será que se apaixonou!

QUIM não conseguia adormecer...a Piko andava às voltas na sua linda cabecinha.

Relembrava a sua amiguinha e via a sua aura tão reluzente. Ele sabia que a aura era a pele da alma, que a envolve e a protege e lhe confere sensibilidade e que esta permite a passagem de correntes universais e trocas entre a alma humana e todas as criaturas, até às estrelas, tinha lido isso nos seus livros esotéricos...

Mas, como iria resolver este problema...nem sequer sabia voar!

continua :))

diário (resumos...meus...)-4-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)



...
O QUIM, aflito porque já era muito tarde, disse adeus às suas amiguinhas e correu até casa. As gaivotinhas voaram até o telhado da fábrica de conservas, cor de cal que ficava ali pertinho. Estavam tão felizes que adormeceram sem canção de embalar que Dona Antónia (gaivota muito velhinha) lhes costumava contar.

É de manhã, o céu está tão azul que se confunde com o mar, não tem nuvens e o sol espreita quente, quente, por entre raios tão ternurentos que apetece abraçar.

QUIM, à janela, pensa nas suas amigas e a forma de se aproximar com um motivo engraçado para passarem mais um dia que se adivinha doce.

E se fossem "dizer" poesia? A ideia era excelente mas seria que as gaivotinhas gostavam de poesia? E teriam jeito para escrever e "dizer" poesia?

continua :))

diário (resumos...meus...) -3-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)




...
Depois de um breve encontro e uma pequena conversa, convidou as amiguinhas para um jogo.Vamos brincar ao lenço queimado?

Todas responderam que sim. E o QUIM passou a explicar: as gaivotinhas tomam um lenço, fingindo que o queimam; depois vão escondê-lo, ficando uma com os olhos vendados, escondido o lenço descobrem os olhos à que ficou, esta vai procurá-lo.

Quando se aproximam do lugar onde o lenço está dizem as outras:

- Quente, quente.

Quando se desvia, dizem as outras:

- Frio, frio.

Quando descobrir o lenço, vai outra para o lugar.

Logo perceberam muito bem e jogaram até o pôr-do-sol que já se avistava ao longe entre montanhas cor-de-rosa.

(continua :))

quarta-feira, julho 06, 2005

diário (resumos...meus...) -2-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)




...
Fala com todas as gaivotas que encontra, a Luísa, gorda e de olhos tão brilhantes, tão brilhantes que soltam tanta luz que quase parecem estrelas a cintilar.

A Mimosa, elegante dentro das suas penas, muito limpas e também muito vaidosa e que só pensa em encontrar um namorado.

A Piko, muito bonita de sorriso maroto e toda ela subtil.

A Margarida, pequenina de bico amarelinho e um olhar muito doce.

A Catarina de asas cor de vento sempre a pensar em brincadeiras e sem tempo para estudar os ventos.

(continua...amanhã:))

terça-feira, julho 05, 2005

diário (resumos...meus...) -1-história-QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)



Hoje e depois de pensar muito ...e mais uma vez agradeço ao Joaquim, porque indirectamente e sem o saber...me levou às gavetas do pensamento...e continua a fazer-me retirar ...cá para fora... "coisas"...agora...uma história de crianças...para adultos lerem que (já foi sofrendo alterações, de acordo com os estados de alma...) e que estou a escrever devagar conforme o apetite de criar...e que vou começar a passar para aqui aos poucos...
É dedicada ao meu Pai "Joaquim"e a todos os Pais "Quins" que também se transformaram em gaivota para poder voar...

DEDICATÓRIA I

Ao meu Pai a quem sempre desfolharei malmequeres...

em dias de v e n t o...

e aguardarei serenamente a resposta em
folhinhas

de querer...



Esta é a história do QUIM (também conhecido...e apelidado muito carinhosamente de bandido...)

O QUIM hoje levantou-se muito cedo.
Está de férias e pensa muito em brincar.
Só brincar!
Mas não encontra na sua linda cabecinha, nenhuma ideia que considere brilhante.
Pensa...pensa e torna a pensar...
E a sua imaginação voa até uma montanha cor-de-rosa onde há muitas gaivotas azuis e barcos de papel em lagos transparentes com peixinhos vermelhos a saltitar.
E aí começa a sua aventura:

(continua...amanhã :)))

diário (resumos...meus...) -6-

vidrinhos coloridos na memória...


...eram de vidro grandes muito grandes e também pássaros em vidros coloridos às vezes caíam no chão e faziam lágrimas nos meus olhos e ficavam aos milhares de vidrinhos que me encantavam o olhar a neve parecia algodão doce aos caracóis e com as luzinhas fazia um efeito de fogueira para onde aquecia o transe violento sair dali para o sonho havia cheiro a rabanadas únicas enfeitadas de aletria e paus de canela com uvas à mistura para contar os sonhos havia sentir havia sapatinho no fogão o mais bonito de verniz e muita espera e espreita sono não dormido e vem um dia apanhei mesmo o pai natal só restavam as mágicas bolinhas e os cheiros afrodisíacos mais a ternura doce que era o meu natal...

segunda-feira, julho 04, 2005

diário (resumos...meus...) -5-

O Principezinho...


...eu não quero ser como o embondeiro...a crescer e a engrossar a ponto de destruir o mundo secreto do sonho...a linguagem da poesia...a linguagem do amor...
...eu sei que "ele" morreu por tempo indeterminado...e um dia voltará...e por isso e por tudo o que me ensina todos os dias...está sempre na mesinha de apoio...pronto a ser o meu herói...

diário (resumos...meus...) -4-

...acordeão...

.........
..reparei que o acordeão daquele amigo simpático...continua a ser escutado pelas esquinas do Porto...
...há muito tempo...se é que o tempo conta...ou só se guardam os pensamentos...que se escreveram em determinado momento...e o tempo não fez apagar...porque se "esconderam" não nas gavetas do tempo...mas nos papéis que nem o tempo faz...rasgar...
...eu escrevi algo para esta personagem que me inspira muita ternura...hoje é um outro tempo...não escreveria decerto da mesma forma...nem seria este o meu estado de alma...mas também não tenho medo do tempo...e muito menos de assumir o que o tempo faz...depois de passar...

É cego
toca acordeão na esquina da minha melancolia

tem nos joelhos
a caixa das esmolas
do carinho
que não quero...inventar

esconde
por detrás das lentes
as ternuras que nunca viu...

e nas mãos brancas
e grandes
faz tremer os dedos
sôfregos
do amar

quando passo
...por momentos

danço no passeio
BEETHOVEN ao luar...

subo
às nuvens das minhas quimeras
e largo os pesadelos
em chuva
no outro lado de lá...

ultrapasso a barreira
do banco onde está sentado
e dentro dele...
ouço
o outro lado de cá...

tento reprimir
tento esquecer
tento não pensar
interrogo a pedra do passeio
que acabo de recalcar...

não sei onde estou
se quero ficar...

(1984)

diário (resumos...meus...) -3-

...loucuras divinamente selvagens...



...hoje o Sábado cheira a silêncios inquietos que lembram castanhas assadas...à porta de cemitérios... plantados de vestidos chiques e cheiros de flores que se misturam com ceras e gatos selvagens que dormem em granitos que olham as rolas que fazem espreitar os diospiros das cestas das vendedeiras... misturados com este despertar de Outono que me enlouquece ...aqui no Porto...

p.s. ...talvez a causa seja a chuva miudinha que apaga o fumo das luzes e o ...que fica pairando no ar meio perdido do assador de castanhas a anunciar...os finados...

domingo, julho 03, 2005

diário (resumos...meus...) -2-

histórias de encantar...


....ontem enquanto arranjava espaço...para dormir....sim porque é preciso espaço!...e o pensamento sempre em alta velocidade não quer deixar espaço!...
...e ao lembrar-me do "filhote" pequenino...com 3 anos e qualquer coisa...muito pouca...lembrei daquele dia de fim de tarde, por entre o entardecer e o laranja antes da noite!...de regresso do infantário e a caminho do lar...doce lar!...

...mamã!...mamã!
- diz: "almondegazinha"!

..."si eu fô au sinhô dótô e ele tilar esta língua e puseri outa língua eu falo fancêes?"

...não sabia se rir se chorar...mas muitas vezes me vem ao pensamento esta história de encantar!...

PS. ...ainda um outro dia de lua cheia...sem lobisomem...
...dizia o "filhotinho" apertado em mim... e quase agarrando o céu!...

....mamã eu quelo a lua!
......eu quelo a lua mamã!


...e os braços estavam tão esticados que parecia que uma pontinha dos dedos...quase lhe tocava...nos meus quereres é claro e porque ela a lua estava mágica...e muito pertinho do nosso querer...

diário (resumos...meus...) -1-

Hoje...apetecia-me sesta!


...
....estou no intervalo - almoço - e o apetecer sesta!...
Não sei se "este" apetecer quer fugir desta claridade de folha caída...soprada por tubos de mamona que fazem lembrar bolinhas de sabão...com quem apetece vo................a............r

- Releio uma entrevista de Joaquim Sapinho "A Guerra Civil do Coração" e passo a citar:

"...viver é viver com os outros, sem o amor como é que se vive com os outros? E depois é preciso a acção. Porque o amor confirma-se...Para vivermos temos de fazer qualquer coisa pelo amor. Não é só o amor por nós..."

E fico a pensar nos maços de tabaco vazios...com um sorriso que considero doce!...a espreitar o cesto de papeis...que não se deitam fora...

Ouvir Estrelas

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

(Olavo Bilac)

sábado, julho 02, 2005

Querer

Não te quero senão porque te quero
E de querer-te a não querer-te chego
E de esperar-te quando não te espero
Passa meu coração do frio ao fogo.

Te quero só porque a ti te quero,
Te odeio sem fim, e odiando-te rogo,
E a medida de meu amor viageiro
É não ver-te e amar-te como um cego.

Talvez consumirá a luz de janeiro
Seu raio cruel, meu coração inteiro,
Roubando-me a chave do sossego.

Nesta história só eu morro
E morrerei de amor porque te quero,
Porque te quero, amor, a sangue e a fogo.

Pablo Neruda

Anos Dourados no Porto...hoje...

Imponentes, os automóveis antigos são caracterizados pelo acabamento primoroso e detalhes cromados, destacados neste ensaio fotográfico de Arnaldo Alves.