quarta-feira, maio 31, 2006

...só se vê com o coração...

Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos." Poucos livros, na história da literatura universal, terão, como O Principezinho, acompanhado tantas gerações de leitores sem que o deslumbramento inicial jamais se quebrasse. Hino ao amor, à amizade e ao seu mistério, "a que devemos obedecer", como nos ensinou o seu autor, Antoine de Saint-Exupéry, é esse mesmo livro que vê chegado o 60.º aniversário da sua primeira edição em França. Inicialmente nas páginas da revista Elle, depois já como livro sob chancela das edições Gallimard. A sua primeiríssima edição dera-se, recorde-se, nos Estados Unidos, em 1943, três anos antes da efeméride que agora se assinala.
o essencial é invisível ao olhos...

sábado, maio 13, 2006

Um dia...







Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.


Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.


Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
"Quem são aquelas pessoas?"

Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes
daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo...
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"


Fernando Pessoa

quarta-feira, maio 10, 2006

A IDADE SECRETA

..."A sua língua transformou-me na lâmpada de Aladino. Ele está de joelhos diante de mim e eu sinto que poderia conceder-lhes qualquer desejo. Quanto aos meus, foi ele o génio que mos concedeu. Todos. Menos um.
Sou uma lâmpada de Aladino e quanto mais ele me esfrega mais lhe pertenço. Derreteu o meu sentido do dever, o meu sentido do ser. Sou apenas uma mulher à beira de si própria. Com os lábios abertos, os olhos abertos, a noite fechada"...
pag. 47

segunda-feira, maio 08, 2006

Reinvenção das avós


Uma avó é uma mulher que não tem filhos;
por isso gosta dos filhos dos outros.

As avós não têm nada que fazer, é só estarem ali.

Quando nos levam a passear, andam devagar
e não pisam as folhas bonitas nem as lagartas.

Nunca dizem: despacha-te!

Normalmente são gordas,
mesmo assim conseguem atar-nos os sapatos.

Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo,
ou uma fatia maior.

Uma avó de verdade nunca bate numa criança;
zanga-se, mas a rir.

As avós usam óculos e às vezes até conseguem
tirar os dentes.

Quando lêem histórias nunca saltam bocados
e não se importam de contar a mesma
história várias vezes.

As avós são as únicas pessoas grandes
que têm sempre tempo.

Não são tão fracas como elas dizem,
apesar de morrerem mais vezes que nós.

Toda a gente deve fazer o possível por ter uma avó,
sobretudo se não tiver televisão.



Texto elaborado por um grupo de crianças de Genebra, com 8 anos de idade.

quarta-feira, maio 03, 2006

Tom Sawyer


Tom Sawyer é um menino traquina que reside numa pequena aldeia chamada S. Petersburg no estado de Ilinois nos EUA, em finais do século XIX. Ainda bébé os seus pais morreram, tendo ficado a morar com a tia Polly, mais o seu irmão Sid e a prima Maria. Ser pirata e descobrir tesouros é o seu sonho.
Para Tom a vida seria sempre uma aventura, a coisa que mais detesta é a de ter que ir à escola, de andar de sapatos e ao Domingo ter de ir à missa.
Quem não vai nesta cantiga é o professor, que está constantemente a repreender Tom com severos castigos, mesmo sem este ter culpa.
Tom faz tudo para conquistar o coração da sua amada, a Becky Tatcher, que também sente um fraquinho por ele.- As Viagens de Tom Sawyer
- Tom Sawyer Detective
Portugália Editora


-Huckleberry Finn
Este livro foi publicado pela antiga marca de refrigerantes Fruto Real.


Biblioteca Fruto Real. Para além das Aventuras de Tom Sawyer, Mark Twain escreveu outras histórias deste personagem e também de Hucleberry Finn. HuckIlustrações de: True W. Williams
Sid, Tia Polly, Maria e Tom




tom sawyer