segunda-feira, julho 04, 2005
diário (resumos...meus...) -4-
...acordeão...
.........
..reparei que o acordeão daquele amigo simpático...continua a ser escutado pelas esquinas do Porto...
...há muito tempo...se é que o tempo conta...ou só se guardam os pensamentos...que se escreveram em determinado momento...e o tempo não fez apagar...porque se "esconderam" não nas gavetas do tempo...mas nos papéis que nem o tempo faz...rasgar...
...eu escrevi algo para esta personagem que me inspira muita ternura...hoje é um outro tempo...não escreveria decerto da mesma forma...nem seria este o meu estado de alma...mas também não tenho medo do tempo...e muito menos de assumir o que o tempo faz...depois de passar...
É cego
toca acordeão na esquina da minha melancolia
tem nos joelhos
a caixa das esmolas
do carinho
que não quero...inventar
esconde
por detrás das lentes
as ternuras que nunca viu...
e nas mãos brancas
e grandes
faz tremer os dedos
sôfregos
do amar
quando passo
...por momentos
danço no passeio
BEETHOVEN ao luar...
subo
às nuvens das minhas quimeras
e largo os pesadelos
em chuva
no outro lado de lá...
ultrapasso a barreira
do banco onde está sentado
e dentro dele...
ouço
o outro lado de cá...
tento reprimir
tento esquecer
tento não pensar
interrogo a pedra do passeio
que acabo de recalcar...
não sei onde estou
se quero ficar...
(1984)
.........
..reparei que o acordeão daquele amigo simpático...continua a ser escutado pelas esquinas do Porto...
...há muito tempo...se é que o tempo conta...ou só se guardam os pensamentos...que se escreveram em determinado momento...e o tempo não fez apagar...porque se "esconderam" não nas gavetas do tempo...mas nos papéis que nem o tempo faz...rasgar...
...eu escrevi algo para esta personagem que me inspira muita ternura...hoje é um outro tempo...não escreveria decerto da mesma forma...nem seria este o meu estado de alma...mas também não tenho medo do tempo...e muito menos de assumir o que o tempo faz...depois de passar...
É cego
toca acordeão na esquina da minha melancolia
tem nos joelhos
a caixa das esmolas
do carinho
que não quero...inventar
esconde
por detrás das lentes
as ternuras que nunca viu...
e nas mãos brancas
e grandes
faz tremer os dedos
sôfregos
do amar
quando passo
...por momentos
danço no passeio
BEETHOVEN ao luar...
subo
às nuvens das minhas quimeras
e largo os pesadelos
em chuva
no outro lado de lá...
ultrapasso a barreira
do banco onde está sentado
e dentro dele...
ouço
o outro lado de cá...
tento reprimir
tento esquecer
tento não pensar
interrogo a pedra do passeio
que acabo de recalcar...
não sei onde estou
se quero ficar...
(1984)
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