domingo, junho 13, 2004

L'HOMME SUR LA PHOTO- manuel de photoethnographie-Luiz Eduardo Robinson Achutti

Lolita obrigado por divulgar meu livro!
Boa semana.
Beijos.
Luiz Achutti.

PS: Lolita vai uma parte do As multidões de Baudelaire, que eu traduzi, espero que bem traduzido.

As multidões


(...)

Multidão, solidão: termos iguais e convertíveis para o poeta fecundo e ativo. Aquele que não sabe povoar a sua solidão, também não sabe estar só em meio a uma multidão de pessoas ocupadas.



O poeta goza deste incomparável privilégio, o de poder ser, segundo sua vontade, ele próprio ou o outro. Como as almas errantes que procuram um corpo, ele entra, quando quer, no personagem de cada um. Apenas para ele, tudo é desocupado, livre; e se certos lugares parecem estar fechados para ele, é porque aos seus olhos eles não valem a pena ser visitados.(...)



O que os homens chamam amor é muito pequeno, bem restrito e bem fraco, se comparado a esta inefável orgia, a esta santa prostituição da alma que se dá por inteira, poesia e caridade, ao imprevisto que se mostra, ao desconhecido que passa.(...)



Baudelaire, Le Spleen de Paris.

Sem comentários: